Experiências traumáticas na infância ou juventude podem ser determinantes para que algumas pessoas simplesmente deixem de participar de qualquer atividade aquática. Nestes casos, até mesmo brincar com os filhos e netos em uma piscina rasa se torna impossível por causa do medo de água.
Às vezes, também, a ausência de oportunidade de aprender a nadar na infância acaba contribuindo para o surgimento posterior de um medo irracional em relação ao problema. Contudo, como veremos a seguir, em qualquer fase da vida é possível vencer este medo e começar a desfrutar de todos os benefícios proporcionados pela natação.
Saber nadar traz pelo menos três grandes benefícios para a vida de qualquer pessoa. A natação é considerada o esporte mais saudável que existe, já que exercita praticamente todos os músculos do corpo e gera um grande preparo cardiorrespiratório, sem os malefícios causados pelo impacto que ocorre em outros exercícios aeróbicos.
Em um país tropical como o nosso, as relações sociais e o lazer de quem não é capaz de sequer de entrar em uma piscina ou molhar os pés na água do mar ficam prejudicados. Quem sofre de aquafobia, o medo de água, geralmente têm vergonha de admitir a questão para amigos, parentes e colegas de trabalho. Por isso, em casos extremos, chega até a se privar de participar de viagens e eventos com receio de que este medo possa se manifestar.
Mas talvez a razão mais importante pela qual seja preciso enfrentar e vencer isso é a segurança. Viver costuma nos colocar nas situações mais inusitadas possíveis quando menos se espera e, nesses casos, saber nadar pode ser essencial.
Em primeiro lugar, é preciso ter consciência de que vencer o medo de água é uma verdadeira jornada. A aquafobia não se cura em um dia, uma semana ou um mês. Os avanços são pequenos e constantes, até o aluno adquirir a confiança necessária para efetivamente começar a ter aulas de natação.
Professores experientes sabem identificar os limites de cada um e fazer com que as aulas se tornem experiências positivas. O fato de estar em um ambiente totalmente seguro, sem o julgamento ou críticas de terceiros, e sob a supervisão direta de um profissional capacitado, geralmente já reduz sensivelmente o pavor.
A primeira etapa, muitas vezes a mais importante, consiste simplesmente em fazer com que o aluno se sinta à vontade dentro da água. Caminhar pela piscina e praticar atividades lúdicas auxiliam a tirar o foco dos temores e promovem a ambientação gradual ao ambiente aquático.
Em seguida, o aluno começa a realizar exercícios que envolvem colocar o rosto na água. O próximo passo consiste em aprender a submergir e a controlar o ato de inspirar fora d'água e expirar com a cabeça dentro da água. Quando o aluno tiver dominado esse processo satisfatoriamente, a aversão já terá ficado no passado e as aulas de natação propriamente ditas começarão.
Portanto, perder o medo de água não somente é possível, independentemente da idade do aluno, como é necessário. Basta uma boa dose de dedicação, além do ambiente e a orientação adequados.
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